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Inovação na Gestão de Resíduos: A Chave para um Futuro Sustentável

A transformação ambiental exige mais do que cumprir leis — exige visão de futuro. Por isso, a Work Resíduos aposta na inovação como ferramenta essencial…”

Desde 2010, a lei 122.305\10 (Política nacional de resíduos sólidos) estabelece normas e diretrizes para a gestão de resíduos no Brasil, por meio de normas, regras e decretos, aliados à legislação local de nível estadual, ou municipal. A inovação na gestão de resíduos vem desde soluções para a destinação final até práticas e sistemas que viabilizam o sistema de tecnologias para garantir eficiência na gestão de resíduos, seja no setor público ou privado. 

O Brasil atualmente, possui mais de 3500 lixões a céu aberto, espalhados pelos 5.571 municípios, incluindo o distrito federal, pontos onde o lixo é descartado sem controle e difusão de gases, e o mínimo de tratamento adequado, nosso país gera anualmente cerca de 80 milhões de toneladas de lixo, onde apenas 4% dessa totalidade é de fato reciclada. Embora a política nacional de resíduos sólidos e o novo marco do saneamento legal estabeleçam um prazo para o fim dos lixões a céu aberto, a destinação final de resíduos ainda desafia o setor público e privado no Brasil. 

O prazo final para encerramento dos lixões previsto para agosto de 2024, precisou ser levado a câmara federal e até hoje não foi reformulado devido 88% dos municípios não terem cumprido o prazo, um projeto de lei 1323\24 prorroga por no máximo 5 anos o prazo para que municípios de até 50 mil habitantes adotem a destinação final dos resíduos sólidos urbanos no país.  A política nacional de resíduos sólidos institui a responsabilidade pelo encerramento de lixões aos prefeitos e a obrigatoriedade da responsabilidade compartilhada com grandes geradores de resíduos ( pessoas físicas ou jurídicas que geram mais de 120 L de resíduos por dia, também podendo variar a classificação de acordo com legislações municipais). 

Embora as legislações federais cobrem medidas técnicas e eficazes para gestão de resíduos, setor público e privado ainda são constantemente desafiados pela falta de soluções técnicas, acessíveis geograficamente  e financeiramente viáveis. A política nacional de resíduos sólidos existe desde 2010, e resultados significativos ainda não foram alcançados, nos levando a questionamentos: Falta vontade política? Falta gestão e execução eficaz? Falta compreendimento sobre a legislação? Ou seria a hora de visar a tecnologia como ferramenta principal para um futuro sustentável e lixo zero? 

Chegou a hora da tecnologia se adentrar aos sistemas formais de gestão, urge a necessidade da inovação tecnológica como ferramenta principal. Surge a necessidade de sistemas que integrem: Inteligência artificial, IOT, Realidade virtual  e sistemas de aperfeiçoamento. Visando a otimização de custos, rotas de coleta, identificação de padrões de geração e pontos de descarte irregular de lixo, monitoramento dos níveis de resíduos, análise de grandes volumes e planejamento de estratégias em tempo real, sistemas que busquem gerenciar os sistemas de informações, plataformas que garantam a eficiência da gestão no setor público e privado. 

As cidades do futuro, passam pelas cidades do presente: inovação e tecnologia são as chaves principais para cidades resilientes, sustentáveis, lixo zero e inteligentes 

Por: Raissa Amorim ( Gestora de resíduos, especialista em cidades lixo zero)

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